terça-feira, 31 de março de 2009

Hurt.

É engraçada a importância que nós damos a vida. As vezes até esquecemos que ela passa, e passamos apenas a existir. Existir sem viver.

É como o olho ou qualquer outra parte do corpo, que só sentimos e damos real atenção quando algo passa a funcionar de maneira imprevista. Só notamos o olho, quando algo cai nele. Quando acontece algo de errado.

I hurt myself today, to see if I still feel.

Não hesito, e não evito a dor. Não choro e não reclamo a derrota. São os pormenores que nos fazem sentir algo remoendo dentro de nós. Sentir que há, de fato, algo por dentro.

I hurt myself today, to see if I still feel.

Os desamores, os desabores, as desilusões. Eu não evito, pois se a felicidade me traz contento, é na tristeza e na derrota que alcanço minhas maiores e melhores lições de viver, de sentir.

I hurt myself today, to see if I still feel.

Não venero a dor. Encaro-a como necessária para o amadurecimento preciso, para nos tornar protagonistas e não coadjuvantes de nossas próprias vidas que as vezes passa sem sequer ser notada diantes de nossos olhos.

I hurt myself today, to see if I still feel.

A questão aqui é viver, não apenas existir.

Namastê, e boa sorte.





4 comentários:

  1. Achei um post e tanto, fiquei pensativa aqui e tal.

    Reflexivo, meu caro Doug

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  2. "A questão aqui é viver, não apenas existir"

    fato.

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  3. Foda demais.. tem gente que apenas existe..
    e passa a vida existindo..

    "A questão aqui é viver, não apenas existir"

    fato.[2]

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  4. Me preguntaron como vivía, me preguntaron.
    "Sobreviviendo", dije, "sobreviviendo".

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